segunda-feira, 27 de abril de 2009

Secretária: Profissão que não sai da moda

Ana Paula Ruiz
Jornal: Carreira e Sucesso

A equipe do jornal virtual Carreira & Sucesso recebeu dezenas de mensagens de pessoas interessadas em conhecer mais detalhes a respeito da carreira de secretária/secretário. Para não deixar esses leitores sem resposta, a repórter Ana Paula Ruiz trabalhou nesta reportagem, para fazer um balanço da carreira e de suas perspectivas no mercado de trabalho.

Agenda, reuniões, aniversários, e-mail, telegramas, eventos, encontros e viagens. São palavras que, com certeza, fazem parte da vida diária do profissional que tem como função auxiliar grandes executivos de empresas de médio ou grande porte. O Secretariado realmente é um mercado de trabalho que já existe há muito tempo e que, mesmo com o advento da tecnologia, não deve sumir tão cedo dos cadernos de empregos.

Secretária é aquela funcionária que cuida do dia-a-dia de um executivo, da sua agenda, de seus telefonemas, suas correspondências e muitas vezes resolve problemas que aparentemente nem seriam da sua função.

Ana Cláudia Scorcelli é secretária dos Diretores de Atendimento e de Criação da Agência de Publicidade QG Comunicação e conta que não só em seu emprego atual, mas em todos que já teve, sempre acaba resolvendo problemas pessoais de seus superiores. "Quem paga as contas pessoais, organiza viagens de lazer ou manda flores para amigos e familiares em datas especiais somos nós, as secretárias".

TER OU NÃO TER, EIS A QUESTÃO

Muitas vezes a secretária não é exclusiva de uma só pessoa, mas sim trabalha para determinado setor da empresa, como Ana Cláudia, e aí a carga de trabalho é ainda maior. Pesquisas realizadas pelo Grupo Catho em agosto de 1997 com 1.356 executivos de todo Brasil mostram que os presidentes de empresas são os mais voltados a ter uma profissional que atenda somente às suas necessidades: 63,38% têm uma secretária executiva exclusiva. Cerca de 35% dos profissionais de alta gerência, como presidentes, diretores e gerentes, não têm apoio nenhum.

Arcione F. Viagi, Consultor de Marketing do Grupo Votorantim, faz parte destes 35%. "Faz mais de 10 anos que não tenho uma secretária exclusiva e acabo sempre pedindo ajuda para as secretárias de outros executivos da minha empresa". Hoje, no Grupo Votorantim, existe uma secretária para cada unidade e os funcionários se acostumaram a cuidar eles mesmos das suas viagens, agendas e reuniões.

O proprietário da Construtora Moraes Sampaio, Octaviano de Moraes Sampaio Neto, tem uma secretária que não é exclusiva, e não consegue imaginar sua rotina de trabalho sem ela. "Tenho comigo uma pessoa muito competente e acho que fica muito mais fácil organizar meu trabalho com a ajuda dela", justifica. Na construtora, a secretária acaba auxiliando todos os funcionários e Sampaio Neto acha que essa ajuda faz com que as pessoas planejem melhor como vai ser o seu dia de trabalho.

O PERFIL DA SECRETÁRIA IDEAL

Umas das primeiras exigências que costumam ser feitas durante entrevistas de emprego, com este tipo de profissional, é boa aparência e facilidade de comunicação. São dois requisitos básicos, uma vez que este profissional irá ter contato com todos os clientes, amigos e familiares do profissional ou equipe para quem irá trabalhar.

Na opinião da secretária Ana Cláudia, gostar da profissão é a primeira coisa que deve ser levada em conta. "Também deve ser uma pessoa dinâmica, comunicativa, atualizada e responsável", complementa.

Sampaio Neto, da Construtora Moraes Sampaio, coloca o gosto pela profissão também como prioridade e completa: "Tem que ter organização, educação, bom humor, ser honesta, ter jogo de cintura para escapar dos imprevistos e estar sempre bem vestida".

Hoje, o perfil dos executivos é de pessoas que se preocupam com a aparência e que se valorizam. Por exemplo, outros dados estatísticos levantados pela pesquisa do Grupo Catho em 1998, com 557 executivos brasileiros, mostram que 54% deles acham importante ter um corpo esbelto, mais de 46% reparam em uma pele bem cuidada e 50% querem trabalhar e ter contato com pessoas bem vestidas.

E mais, 43,38% consideram importante ter uma boa aparência para ser mais bem aceitos em encontros sociais – e para 41,88% a regra também funciona no ambiente de trabalho. Causar boa impressão aos clientes é fundamental para mais de 48% dos executivos e conseguir uma promoção pode depender da vestimenta para mais de 40,5%.

Arcione, do Grupo Votorantim, já teve secretária ao longo de sua carreira e acha que o ideal é que seja um profissional, homem ou mulher, que conheça um pouco do mercado da empresa onde vai trabalhar, tenha muita paciência para se relacionar com outras pessoas, seja uma pessoa discreta e muito ágil. "O tempo em que a secretária tinha que ser somente uma bela mulher, independentemente de sua competência, já passou. Hoje ela complementa as atividades do seu superior, e para isso precisa ter capacidade". Ele acredita que as secretárias se sentem profissionais mais realizadas quando desempenham funções importantes para a empresa, como planejamento, por exemplo, do que quando ficam apenas atendendo telefone e organizando agendas. "Na minha opinião, o papel da secretária não é pagar contas e nem mandar flores", afirma o consultor.

Ele cuida de suas próprias viagens e reuniões, mesmo aquelas que envolvem muitas pessoas, mas admite que só consegue se organizar com a ajuda do computador. "Tenho certeza de que um executivo que tem uma secretária tem muito mais suporte do que eu".

Para Sampaio Neto, a secretária também é uma profissional que pode e deve fazer muito mais do que contatos telefônicos e agendas. "Eu mesmo cuido das minhas viagens e passagens, pois tenho certeza de que a empresa precisa muito mais do trabalho da nossa secretária do que eu para esse tipo de tarefa, por exemplo", afirma.

O QUE É PRECISO ?

Conhecimento de informática e boas noções de texto são também recomendáveis. A vivência e um bom currículo ajudam também na conquista de uma vaga. Alguns cursos podem ajudar.

Para ser uma secretária executiva é exigido, no mínimo, fluência em um idioma, preferencialmente o inglês, domínio de informática e outros cursos de apoio. O que diferencia uma secretária júnior, encontrada no mercado com mais facilidade, de uma secretária executiva, é justamente seu currículo, seu conhecimento em línguas, em informática e o número de cursos já feitos.

Há sete anos a categoria obteve a conquista de um registro na Delegacia Regional do Trabalho – DRT, que pode ser solicitado com o certificado tanto do curso superior quanto do curso técnico. A diferença é que o registro sai ou como Secretária Executiva para quem fez o curso superior ou Técnica em Secretariado para quem faz o curso técnico.

A própria secretária da Agência de Publicidade QG, Ana Cláudia, conta que não tem nenhum dos dois cursos, mas acha que, como em toda carreira, cursos são sempre importantes. "Inglês e espanhol são fundamentais, assim como bons conhecimentos de informática. Também costumo estar sempre atualizando meus conhecimentos com cursos da área em que estou trabalhando".

Para o proprietário da Moraes Sampaio, cursos nunca são demais em nenhuma profissão, principalmente os superiores. "Informática no mundo atual é mais do que fundamental e cursos de idiomas num mundo globalizado como o nosso virou item obrigatório em currículos".

Muito mais do que secretárias

Nova fase da área secretarial aumenta oportunidades no mercado
Publicado em 20/02/2006
http://www.universia.com.br/materia/materia.jsp?materia=10115


Fazer e servir cafezinho, arquivar documentos, atender telefones, enviar telegramas...do estereótipo clássico que marcou as secretárias durante muito tempo, restaram apenas algumas piadas preconceituosas. Aos poucos, estas profissionais foram conquistando seu espaço no mercado de trabalho e, finalmente, o mundo começou a enxergar o Secretariado Executivo com outros olhos. Assim como os próprios executivos, estas personagens estão se tornando cada vez mais importantes para as organizações de todos os setores.

Esta valorização profissional tem contribuído muito para o crescimento e desenvolvimento da área. Se antes as secretárias eram tidas como 'babás' dos executivos, hoje suas funções foram transformadas e ampliadas. "As tarefas não são mais de apoio e sim de complementação das atividades. Esta profissional é uma assessora, gerenciadora de informação, de serviços e pessoas", explica a coordenadora do curso de Secretariado Executivo da Universidade Metodista de São Paulo, Ana Maria Martins.

Esta característica multifuncional tem atraído os olhares de diversos setores. Por isso, o campo de atuação da secretaria está cada vez mais amplo. Os profissionais de secretariado podem atuar tanto em empresas públicas e privadas, como nas organizações de pequeno, médio e grande porte. "As secretárias executivas são formadas para trabalhar na gerência, diretoria, vice-presidência e presidência destas companhias", conta Ana Maria. Além disso, o mundo acadêmico vem abrindo espaços ainda maiores para os recém-formados.

Em geral, os estudantes conseguem ingressar na área antes mesmo de concluir a graduação. Mas não é tão simples quanto pode parecer. "O mercado tende a ser estável, principalmente por ser um cargo de confiança onde a rotatividade é muito baixa", assegura a gerente da Task Force, uma divisão da Gelre - empresa especializada em recrutamento e seleção de profissionais -, Vera Modolo.

E mais: a concorrência, como em outras áreas, também é um problema crescente no Secretariado Executivo. Por isso, o mercado de trabalho é cada vez mais exigente. "Não basta ter diploma. É preciso ter conhecimentos de administração de empresas, informática e idiomas. Além disso, eficiência, serenidade, simplicidade, capacidade de decisão e organização, criatividade, iniciativa e competência são requisitos básicos para estas profissionais", alerta Vera.

Todas estas mudanças também contribuem muito para a melhoria da remuneração destas profissionais. "Justamente por serem cargos de confiança, os salários são muito altos, se comparado com as demais áreas do conhecimento", afirma Ana Maria. A coordenadora afirma que os salários de recém-formadas variam de R$ 1.600 a R$ 3.000.

Esta transformação pela qual a profissão secretarial está passando tem contribuído para aumentar a procura por formação superior na área e, conseqüentemente, para a criação de novos cursos. Segundo levantamento feito pelo INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), existem, atualmente, 74 cursos de Secretariado Executivo no Brasil. O total de matrículas anuais é de 6.965, contrapondo-se bastante ao número de concluintes, 1.159.

SECRETARIADO EXECUTIVO - PROFISSÃO CRESCE E EXIGE QUALIFICAÇÃO

Jornal de Londrina, 03/03/2008 Fábio Luporini especial para o JL

Profissional necessita agir de forma estratégica para antecipar problemas e soluções e assim facilitar a vida de quem está sendo assessorado

Conhecer a empresa, ter competência em comunicação oral e escrita e alta capacidade de organização são algumas das características de um secretário. Mas não é só. Com a crescente importância da atividade, é preciso buscar um curso de formação para seguir na carreira, seja técnico ou superior. “Os cursos são muito importantes, pois levam os profissionais a atender ações e habilidades exigidas pelo mercado”, afirma o consultor organizacional Abraham Shapiro.

Ele afirma que o curso técnico insere o profissional no mundo prático da profissão e o curso superior, com maior aprofundamento, explora a comunicação bilíngüe. “A função de secretário é estratégica e necessita de experiência e formação”, diz.

De acordo com a Federação Nacional das Secretárias e Secretários (Fenassec), o país tem cerca de 2 milhões de profissionais (50 mil no Paraná). Em 2001, o jornal inglês The Guardian considerou os secretários brasileiros como os mais bem preparados do mundo. “Os cursos situam muito bem o profissional, disciplinando-o de modo ético e técnico, com padrões superiores de qualidade”, observa Shapiro.

A coordenadora do curso técnico em secretariado do Colégio Estadual Vicente Rijo, Cassilda França Montesso, explica que o curso foi criado em 2004 devido à necessidade do mercado de trabalho e já formou cerca de 500 pessoas. “A gente ouve falar que sempre tem emprego, mas falta qualificação e o mercado exige formação”, diz. Segundo ela, o curso é uma oportunidade para pessoas que não têm condições de pagar uma escola particular.

A coordenadora do curso de secretariado executivo da Universidade Estadual de Londrina (UEL), Neusa Maria Orthmeyer Massarutti, explica que o ensino superior prepara o profissional para ser uma pessoa que facilita o trabalho do chefe. “Ele não é preparado para ter um comportamento gerencial, mas para antecipar situações em que o gerente precisa atuar. Quem toma a decisão é o gerente, mas o profissional de secretariado adianta informações que o chefe precisa saber”, afirma.

Segundo Neusa Maria, os secretários atuam para facilitar a vida de quem está sendo assessorado. “Antigamente, o profissional anotava o que o gerente queria redigir. Hoje o secretário é quem redige e o chefe apenas confirma ou faz alterações. Se o gerente souber aproveitar, o secretário pode facilitar a vida dele.”

Ser confiável é característica essencial

Entre as características mais importantes de um secretário é ser uma pessoa confiável. “Por eles passam grandes segredos de uma empresa”, afirma o consultor Abraham Shapiro. Por isso, também precisa ser discreto. O perfil deve contemplar ainda organização, ética, profissionalismo, visão prática, comunicabilidade, domínio do português e de outros idiomas.

“Ser secretário não é somente atender ao telefone. É preciso facilitar, antecipar e resolver a vida do chefe”, diz a secretária Mariângela Santilli. O profissional deve administrar a agenda do chefe para que ele tenha tempo de folga, não pode incomodá-lo por pequenos problemas e, se necessário, tomar decisões por ele. “Ao olhar para ele, a gente sabe o que precisa. Em algumas situações, precisamos saber mais da vida do chefe do que ele mesmo”, afirma.

A secretária Maria Aparecida Fabre confirma que em algumas situações é preciso tomar pequenas decisões no lugar do gerente. “Não há necessidade de interromper o chefe em todos os momentos”, diz. Para isso, o profissional deve conhecer a rotina e o perfil do gerente e da empresa.

Secretárias apontam importância da formação

Maria Aparecida Fabre, de 38 anos, e Gláucia Fávero Valério, de 23 anos, são secretárias de uma grande empresa em Londrina e se formaram em secretariado executivo pela UEL. “O curso dá o norte para identificar a empresa”, diz Maria Aparecida.

Para Gláucia, a formação universitária proporciona a base teórica para recepcionar clientes e acompanhar o chefe, inclusive em viagens a trabalho. Ela fala inglês e espanhol, o que considera muito importante. “A empresa fez grandes negociações na Alemanha e nos Estados Unidos e eu fui junto para traduzir”, conta.

A secretária Mariângela Santilli é formada em relações públicas. Entretanto, ela acredita que a formação insere o profissional no mercado com alguns pré-requisitos exigidos. Mariângela explica que muitas vagas de estágio não são preenchidas porque os candidatos não apresentam formações básicas exigidas, como um curso de línguas. “A concorrência é grande. Curso de línguas, credibilidade e bom trabalho são importantes”, diz.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

As Aparências que Enganam - No Trabalho

Por Rafael Zampieri


O que é pior: desprezar um subordinado sábio ou exaltar um poderoso insensato?

Quem é honrado na pobreza mais ainda o será na riqueza; quem é desprezado na riqueza mais ainda o será na pobreza.

As aparências realmente enganam. A sabedoria de um subordinado lhe permite andar de cabeça erguida por estar entre os verdadeiros responsáveis pelo sucesso e lucratividade de uma organização.

A abelha é pequena entre os seres que voam, mas o que ela produz é o que há de mais doce.

O VALOR DAS COISAS ESTÁ NO SEU ASPECTO INTERNO

* O orgulho leva um profissional à auto-suficiência:

O endeusamento de si próprio falsifica sua condição fundamental de "líder" ou colaborador da organização.

O líder eficaz é aquele que melhor serve às necessidades da sua equipe, encorajando seus membros à trabalharem na direção do objetivo comum ao grupo.

* A raiz da verdadeira humildade:

A verdadeira humildade é aceitar a si mesmo e reconhecer o próprio valor com simplicidade.

Enquanto o preguiçoso se acomoda numa situação aparentemente confortável, o honesto supera seus limites sem tentar segurar o mundo com as mãos.

Principalmente, o honesto e grato à sua situação estimula o afloramento das melhores habilidades e capacidades em quem estiver próximo

* O valor das coisas está no seu aspecto interno:

A civilização do consumo cultua a aparência, fazendo as pessoas acreditarem que o valor das coisas esteja no seu aspecto externo.

É grande o cultivo pelos profissionais de Recursos Humanos e Marketing a valorização da aparência: ter belo aspecto ou estar bem vestido não é sinônimo de confiabilidade, e sim, somente a aparência de credibilidade.
Há profissionais que trabalham, se fadigam e se atropelam e, apesar de tudo, estão sempre atrasados.

A consciência dos próprios limites faz o profissional viver em calma e realizar bem o que se pode fazer.

Por outro lado, trabalhar abaixo do próprio limite ou sem aplicar planejamento significa semear o bloqueio à inteligência, numa atitude de ingratidão à capacidade física, mental e material.


Fonte: http://www.superpassos.com.br/aparencias-que-enganam-no-ambiente-de-trabalho.html

Elas Estão Vencendo Porque São Competentes


As mulheres vêm conquistando o seu espaço no mercado de trabalho, mas o preconceito ainda existe nas organizações.

Alguns defendem que não, mas as mulheres ainda sofrem preconceito no trabalho. Uma prova disto é que, das 500 maiores empresas brasileiras, 58% não contém nenhuma mulher na direção. Olhando os números mais proximamente, percebe-se que do total dos cargos executivos dessas empresas, apenas 9% são ocupados por mulheres, embora elas representem 35% do conjunto de funcionários. Por fim, somente 0,1% desses cargos têm mulheres negras e apenas 3% das empresas entrevistadas possui políticas de igualdade de gêneros.

Conquistas femininas como os direitos humanos e a diminuição da violência doméstica foram importantes, mas não se pode esquecer que as diferenças salariais demonstram uma face deste preconceito que ninguém quer assumir. Um recém-publicado estudo da Unifem (Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher) revelou que o salário da brasileira é, em média, 30% inferior ao do homem. Diferença que chega a 61% se a mulher for negra.

Por outro lado, as mulheres também têm muito para comemorar. Dados recentes do IBGE indicam que elas chegam mais rápido a cargos de gerência (36 anos em média contra os mais de 40 anos da gente), respondem por 45% das vagas ocupadas no mercado formal e representam 63% dos concluintes de curso superior no país.

Aliás, este último dado merece destaque. As mulheres já possuem escolaridade maior que os homens em muitas profissões, inclusive em carreiras que antigamente tinham uma expressiva predominância de profissionais masculinos. O número de engenheiras, por exemplo, aumentou 67% nos últimos doze anos e 47% dos administradores de empresas são do sexo feminino. O mesmo ocorre nos cursos de pós-graduação onde elas representam maioria absoluta nas salas de aula.

Outro ponto que deve ser ressaltado é que as mulheres têm decisão de compra e as empresas precisam saber o que elas pensam. Mas como as organizações estão descobrindo o que passa em suas cabeças? Com a política de contratar mulheres para liderança de processos estratégicos de criação de novos produtos e serviços, por exemplo. Oitenta e dois por cento dos veículos são comprados somente após o aval de uma mulher e, conseqüentemente, dispositivos como espelhos e porta-batom agora são itens obrigatórios nos lançamentos das montadoras brasileiras. Ao invés de potência e durabilidade, hoje se fala muito em design e economia, necessidades também suscitadas por elas.

Fora tudo isto, dentre as competências mais valorizadas, muitas são genuinamente femininas. A intuição, também chamada de "6º sentido da mulher", é fundamental na tomada de decisões e já se comprovou cientificamente que os homens não são tão intuitivos assim. Outra competência, a flexibilidade, é desenvolvida pelas meninas desde a infância enquanto que os meninos são ensinados a fazer uma coisa de cada vez e, quando adultos, continuar a repetir igual comportamento.

É claro que a sociedade precisa vencer o preconceito que ainda recai sobre a mulher trabalhadora no Brasil, mas a dedicação, entusiasmo e competência estão compensando o atraso cultural ainda existente. Tanto que torço apenas para que dentro de alguns anos não tenhamos que recorrer a um sistema de quotas para garantir o acesso do homem aos bons postos de trabalho.


Fonte: http://www.bonde.com.br/bonde.php?id_bonde=1-28--2-20080909

5 Lições Administrativas !!! - Humor Organizacional

Lição nº 1 - Gestão do Conhecimento

Um homem está entrando no chuveiro enquanto sua mulher acaba de sair dele e está se enxugando. A campainha da porta toca. Depois de alguns segundos de discussão para ver quem ia atender a porta a mulher desiste se enrola na toalha e desce as escadas. Quando ela abre a porta, vê o vizinho Bob em pé na soleira.
Antes que ela possa dizer qualquer coisa, Bob diz: "Eu lhe dou 800 dólares se você deixar cair esta toalha." Depois de pensar por alguns segundos, a mulher deixa a toalha cair e fica nua. Bob então entrega a ela os 800 dólares prometidos e vai embora. Confusa, mas excitada com sua sorte, a mulher se enrola de novo na toalha e volta para o quarto. Quando ela entra no quarto, o marido grita do chuveiro:
- "Quem era?"
- "Era o Bob, o vizinho da casa ao lado." - diz ela.
- "Ótimo! Ele lhe deu os 800 dólares que ele estava me devendo?"

Moral da história: Se você compartilha informações a tempo você pode prevenir exposições desnecessárias!!!

Lição nº 2 - Chefia e Liderança

Dois funcionários e o gerente de uma empresa saem para almoçar e na rua encontram uma antiga lâmpada a óleo. Eles esfregam a lâmpada e de dentro dela sai um gênio. O gênio diz:
- "Eu só posso conceder três desejos, então,concederei um a cada um de vocês".
- "Eu primeiro, eu primeiro." grita um dos funcionários. - "Eu quero estar nas Bahamas dirigindo um barco, sem ter nenhuma preocupação na vida!" Puf! e ele se foi.
O outro funcionário se apressa a fazer o seu pedido:
- " Eu quero estar no Havaí, com o amor da minha vida e um provimento interminável de pinas coladas!" Puf e ele se foi.
- "Agora você" diz o gênio para o gerente.
- "Eu quero aqueles dois de volta ao escritório logo depois do almoço." - diz o gerente.

Moral da História: Deixe sempre o seu chefe falar primeiro.


Lição nº 3 - Zona de Conforto

Um corvo está sentado numa árvore o dia inteiro sem fazer nada. Um pequeno coelho vê o corvo e pergunta:
- "Eu posso sentar como você e não fazer nada o dia inteiro?"
O corvo responde:
- "Claro, porque não?"
O coelho senta no chão embaixo da árvore e relaxa. De repente uma raposa aparece e come o coelho.

Moral da História: Para ficar sentado sem fazer nada, você deve estar sentado bem no alto.

Lição nº 4 - Motivação

Na África todas as manhãs uma gazela acordava sabendo que ela deveria conseguir correr mais do que o leão se quisesse se manter viva. Todas as manhãs o leão acordava sabendo que deveria correr mais do que a gazela se não quisesse morrer de fome.

Moral da História: Não faz diferença se você é gazela ou leão, quando o sol nascer você deve começar a correr.

Lição nº 5 - Criatividade

Um fazendeiro resolve colher algumas frutas na sua propriedade, pega um balde vazio e segue rumo às árvores frutíferas. No caminho ao passar por uma lagoa, ouve vozes femininas que provavelmente invadiram suas terras. Ao se aproximar lentamente, observa várias garotas nuas se banhando na lagoa, quando elas percebem a sua presença, nadam até a parte mais profunda da lagoa e gritam:
- Nós não vamos sair daqui enquanto você não deixar de nos espiar e for embora.
O fazendeiro responde:
- Eu não vim aqui para espiar vocês, eu só vim alimentar os jacarés!

Moral da História: A criatividade é o que faz a diferença na hora de atingirmos nossos objetivos

quinta-feira, 23 de abril de 2009

30 dicas para escrever bem o português

Autor: Professor João Pedro da UNICAMP

1. Deve evitar ao máx. a utiliz. de abrev., etc.
2. É desnecessário fazer-se empregar de um estilo de escrita demasiadamente rebuscado. Tal prática advém de esmero excessivo que raia o exibicionismo narcisístico.
3. Anule aliterações altamente abusivas.
4. não esqueça as maiúsculas no início das frases.
5. Evite lugares-comuns como o diabo foge da cruz.
6. O uso de parênteses (mesmo quando for relevante) é desnecessário.
7. Estrangeirismos estão out; palavras de origem portuguesa estão in.
8. Evite o emprego de gíria, mesmo que pareça nice, sacou??... então valeu!
9. Palavras de baixo calão, porra, podem transformar o seu texto numa merda.
10. Nunca generalize: generalizar é um erro em todas as situações.
11. Evite repetir a mesma palavra pois essa palavra vai ficar uma palavra repetitiva. A repetição da alavra vai fazer com que a palavra repetida desqualifique o texto onde a palavra se encontra repetida.
12. Não abuse das citações. Como costuma dizer um amigo meu: "Quem cita os outros não em idéias próprias".
13. Frases incompletas podem causar
14. Não seja redundante, não é preciso dizer a mesma coisa de formas diferentes; isto é, basta mencionar cada argumento uma só vez, ou por outras palavras, não repita a mesma idéia várias vezes.
15. Seja mais ou menos específico.
16. Frases com apenas uma palavra? Jamais!
17. A voz passiva deve ser evitada.
18. Utilize a pontuação corretamente o ponto e a vírgula pois a frase poderá ficar sem sentido especialmente será que ninguém mais sabe utilizar o ponto de interrogação
19. Quem precisa de perguntas retóricas?
20. Conforme recomenda a A.G.O.P, nunca use siglas desconhecidas.
21. Exagerar é cem milhões de vezes pior do que a moderação.
22. Evite mesóclises. Repita comigo: "mesóclises: evitá-las-ei!"
23. Analogias na escrita são tão úteis quanto chifres numa galinha.
24. Não abuse das exclamações! Nunca!!! O seu texto fica horrível!!!!!
25. Evite frases exageradamente longas pois estas dificultam a compreensão da idéia nelas contida e, por conterem mais que uma idéia central, o que nem sempre torna o seu conteúdo acessível, forçam, desta forma, o pobre leitor a
separá-la nos seus diversos componentes de forma a torná-las compreensíveis, o que não deveria ser, afinal de contas, parte do processo da leitura, hábito que devemos estimular através do uso de frases mais curtas.
26. Cuidado com a hortografia, para não estrupar a língúa portuguêza.
27. Seja incisivo e coerente, ou não.
28. Não fique escrevendo (nem falando) no gerúndio. Você vai estar deixando seu texto pobre e estar causando ambigüidade, com certeza você vai estar deixando o conteúdo esquisito, vai estar ficando com a sensação de que as coisas ainda estão acontecendo. E como você vai estar lendo este texto,tenho certeza que você vai estar prestando atenção e vai estar repassando aos seus amigos, que vão estar entendendo e vão estar pensando em não estar falando desta maneira irritante.
29. Outra barbaridade que tu deves evitar chê, é usar muitas expressões que acabem por denunciar a região onde tu moras, carajo!.... nada de mandar esse trem... vixi... entendeu bichinho?
30. Não permita que seu texto acabe por rimar, porque senão ninguém irá agüentar já que é insuportável o mesmo final escutar, o tempo todo sem parar.

Bom Humor é a Alma do Negócio

Revista Você S/A
Por Ilana Berenholc
Data: 19/04/2004

Saber rir de si mesmo é um grande dom, um sinal de autoconfiança e de domínio da situação

Pesquisas indicam que o bom humor é uma qualidade positiva nos negócios. Além de fazer bem à saúde, ajuda a aproximar as pessoas e a criar laços. Ele ajuda a mostrar seu lado humano, sem enfraquecer sua imagem ou deixá-lo vulnerável. Ele é uma ótima ferramenta em situações difíceis e desconfortáveis, ou até mesmo naquelas ocasiões em que você estiver sendo alvo de um ataque. Imagine a surpresa de seu "algoz", certo de que você perderá o controle, quando você tirar tudo de letra, com bom humor, achando graça da situação. Usar o humor pode ser uma ótima ferramenta quando cometemos aquela gafe, como tropeçar e cair no meio de uma apresentação. Saber rir de si mesmo é um grande dom, um sinal de autoconfiança e de domínio da situação.

O humor também pode ser usado para quebrar o gelo, mas deve ser usado com moderação. Se você estiver tendo contato com uma pessoa pela primeira ou segunda vez, use o humor com cuidado. O ideal é esperar para usá-lo quando conhecer esta pessoa um pouco melhor. Agora, se você é daqueles que tem um perfil mais sério, que não se lembra de alguém ter rido de suas piadas, não tente ser algo que não é. Mantenha seu estilo para não cair no ridículo.

Fique atento se você é daqueles que adora fazer graça ou contar piadas. No ambiente profissional, não acredite que qualquer assunto possa ser motivo de graça. Cuidado com piadas ofensivas, racistas, sexistas ou escatológicas. Pode até ser que riam da piada que contou para não deixar você sem graça, mas certamente, além de ser um riso bem amarelo, comentários negativos a seu respeito irão surgir.

Atenção também para não se transformar no palhaço da turma e para que seu lado cômico não se torne a grande atração – maior do que suas outras qualidades. Isto vale para durante o expediente e também para o happy-hour. Não é porque o horário do trabalho acabou que você pode dar folga para sua imagem profissional.

Por último, vamos falar das risadas exageradas e escandalosas, aquelas que fazem você tremer tanto que parece estar no meio de um terremoto. Nada pior para demonstrar descontrole e imaturidade. Nesta rotina cheia de pressão e cobranças, divirta-se pelo menos um pouco todo dia. Ninguém precisa – nem deve - levar-se tão a sério.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Superqualificadas, quando eles vão embora, elas ficam

Por Luiza Dalmazo, São Paulo
03/11/2008

Com a intenção de atender a demandas sofisticadas dentro das companhias, presidentes e diretores estão mais exigentes na hora de contratar suas secretárias. Vale lembrar que no Brasil, 99% dos mais de 2,1 milhões de profissionais que exercem a função são mulheres. Para conseguir ocupar o posto hoje, elas precisam acumular qualificações como fluência em dois ou três idiomas, conhecimentos de cerimonial, recursos humanos e análise de documentos. São tantas exigências, que a média de idade delas subiu, de cinco anos para cá, ficando entre 40 e 50 anos de idade.



"Com a informatização, as secretárias deixaram um pouco de lado a parte operacional e passaram a ser cobradas por uma atuação mais estratégia", afirma a consultora de recursos humanos da Catho, Gláucia Santos. É por isso que tanto a faixa de idade quanto a remuneração subiram. Segundo ela, os executivos procuram profissionais entre 35 e 40 anos. "Isso valoriza quem está no perfil, pois a maior parte da oferta é de pessoas entre 20 e 27 anos", diz.

Há cinco anos, as profissionais mais procuradas tinham entre 20 e 25 anos. "Hoje a média de idade demandada subiu, porque a exigência sobre a formação é maior, inclusive algumas empresas pedem uma pós-graduação", afirma a presidente da Federação Nacional das Secretárias, Maria Bernadete Lieuthier.

Como também passaram a se envolver com novas tarefas - de comunicação interna, análise de documentos, elaboração de apresentações e outras - a média salarial acompanhou o movimento e subiu. Era de R$ 1,69 mil em 2003 e hoje é de R$ 2,25 mil para uma secretária executiva e de R$ 3,8 mil para secretária trilingüe, contra R$ 2,86 mil há cinco anos, de acordo com a Catho.

Por ter hoje tantas responsabilidades, elas passaram a desempenhar papéis equivalentes aos dos gerentes administrativas. Não são apenas o "braço direito" dos executivos. Magaly Caruso, secretária-executiva na IBM Brasil, é um exemplo desse novo perfil. Formada em psicologia, pedagogia, turismo e secretariado executivo, hoje ela cursa pós-graduação em gestão da comunicação em empresas. Além disso, fala inglês, espanhol, italiano e alemão. Está há 34 anos na mesma companhia.

Entre as responsabilidades de Magaly está o atendimento de quatro executivos - um responsável pela área de software para a América Latina, um diretor de relações governamentais, um diretor de filiais de bancos oficiais e clientes públicos no Brasil e uma diretora jurídica que, curiosamente, fica em São Paulo, bem longe de Magaly, que como os demais mora em Brasília. "Nós decidimos aproveitar toda a tecnologia de comunicação que existe para trabalharmos juntas e tem funcionado bem, apesar de só nos vermos três vezes por ano", conta. Elas trabalham juntas há um ano e meio e avaliam que o trabalho conjunto está indo muito bem.

Mas atender aos quatro executivos não é tudo. Magaly é o contato do departamento de recursos humanos na filial da companhia na capital federal, responsável por eventos, pela construção do ambiente organizacional e coordenação das atividades externas em embaixadas e órgãos de governo. "Diferentemente de outros locais, aqui em Brasília a parte de relacionamento é muito importante e por isso eu coordeno também as agendas externas", explica.

Para chegar ao posto, Magaly trabalhou em Recife (PE) nos departamentos de almoxarifado, recursos humanos, e também como secretária desde 1999, trajetória que considera importante para a construção da visão global da empresa que tem hoje. Há três anos ela está em Brasília, onde também é presidente do Comitê de Secretárias Executivas da Câmara Americana de Comércio (Amcham), que reúne 700 secretárias da cidade.

Por terem o perfil mais ligado à empresa do que a um executivo, tornou-se comum os presidentes e diretores passarem pela empresa e, ao contrário de as levarem junto quando mudam de emprego, como era frequente, elas permanecem. A assessora executiva da presidência do Fleury Medicina e Saúde, Denise Zaninelli, por exemplo, está há 14 anos na empresa e já atendeu a quatro presidentes diferentes. Assim como Cláudia Gargitter, que foi para o Pão de Açúcar em janeiro de 2006, como secretária do recém-chegado Cássio Casseb e continuou com o novo presidente, Claudio Galeazzi, que assumiu em dezembro de 2007. Eles vão, elas ficam.


Fonte: www.valoronline.com.br
Novembro/2008

terça-feira, 14 de abril de 2009

A vida como ela é: 10 verdades sobre o mundo corporativo que ninguém fala

Por: Karin Sato
07/11/08 - 08h53
InfoMoney

SÃO PAULO - O mercado de trabalho não é perfeito. Ele não é formado por pessoas boazinhas, chefes puritanos ou empresas que colocam seus valores acima do lucro. Nesta reportagem, o coach Ricardo Melo fala sobre dez verdades acerca do mundo corporativo que ninguém quer falar.

Após descortinar esses mitos, faça o possível para não ser ingênuo e cair em armadilhas. Pode ser difícil ter de olhar os fatos sob diversos prismas, mas o exercício é necessário. Enxergue o mundo corporativo como um jogo: quem não se interessar pelas estratégias alheias perde!

Saiba que não é o caso de ficar paranóico e descrente. O mercado ainda resguarda bons lugares para trabalhar, com líderes preparados. Além disso, é no trabalho que muitas pessoas conhecem grandes amigos, por isso não tenha medo de confiar em quem julgar que pode confiar. Apenas, com as dicas desta reportagem, fique mais atento.

As dez verdades
Confira as dez verdades descritas por Melo:

* O mercado quer gente inovadora: Você acabou de ser contratado e está cheio de idéias para melhorar os processos na empresa. Cuidado! Embora o mercado valorize muito a inovação no discurso, na prática, não raro, se observa exatamente o contrário: muitas pessoas nesta empresa podem ser conservadoras, o que significa que não querem arriscar e mudar. "Dependendo da cultura da empresa, se você chega com muitas idéias, acaba assustando! Há chefes que são abertos, mas desde que suas idéias não choquem com as dele", diz o coach. Além disso, seja cauteloso ao fazer uma sugestão: sem querer, você pode acabar expondo a incompetência de um colega ou chefe!

* Com talento e competência se consegue tudo: Competência é fundamental, a não ser que você seja filho do dono da empresa. O problema é que ser competente e talentoso não garante seu sucesso. "É preciso saber aparecer, saber fazer marketing pessoal. Não adianta ter um tesouro que ninguém sabe que existe, porque está escondido no fundo do mar", afirma Melo. E o pior é que, segundo ele, há muitos chefes que escondem os talentos sob sua sombra, porque temem que alguém melhor ocupe seu lugar. Mas esse tipo de chefe acaba dando um tiro no pé, porque as melhores pessoas de sua equipe acabam indo embora.

* Chefes sempre querem o bem de seus subordinados: Não é bem assim. Existem ótimos líderes por aí, mas também existem pessoas despreparadas em cargos altos. "Via de regra, antes de pensar nos outros, os chefes pensam em si. Alguns não pensam nem mesmo na empresa, somente querem saber de salvar a própria pele", diz Melo. Moral da história: tenha cuidado para não se iludir e acabar frustrado!

* Sempre recebe aumento quem merece: Para Melo, esse é o mito dos mitos. Não é assim. Muitas vezes, você se esforça ao máximo, dá seu melhor e, no fim, outra pessoa acaba levando os méritos. Acontece. Outras vezes, seu chefe simplesmente não tem muita afinidade com você e acaba não se esforçando para que você receba o merecido aumento. São muitas as variáveis envolvidas.

* Quem é promovido precisa provar que merece o posto: Há quem seja promovido e, na ânsia de provar que merece o posto, acabe se transformando. O problema é que uma hora a máscara cai. "Se você é competente, não precisa provar que mereceu a promoção. Apenas dê continuidade ao bom trabalho. O profissional que finge ser quem não é mostra insegurança".

* A avaliação de desempenho está sempre certa: Nem sempre. Depende do contexto no qual ela foi realizada e da percepção que as pessoas têm de você, que pode ser equivocada. "O feedback pode ser útil, mas ele deve ser interpretado", garante o coach.

* É bom ter amigos na empresa: A frase está correta, desde que você não misture as coisas e acabe colocando seu emprego em risco. Por exemplo: um amigo seu foi promovido. Será que você não se achará no direito de faltar no trabalho, já que seu novo chefe é seu amigo e entenderá? "Amizade é bom ter em qualquer lugar, é uma das melhores coisas da vida. Mas não confunda o pessoal com o profissional!".

* O RH é o melhor amigo dos funcionários: Há profissionais que, quando têm qualquer problema, correm para o departamento de Recursos Humanos, como se nele houvesse um confessionário. Mas será que se pode confiar cegamente no RH? "Existem pessoas sérias no ramo de Recursos Humanos, humanizadas, que de fato estão lá para ajudar os funcionários e lutar por eles. A questão é que também existem pessoas que se utilizam de sua posição para detectar falhas da empresa e dos funcionários. Como resultado, em um programa de demissão, alguém pode acabar sendo dispensado sem entender o motivo. Por isso eu digo: se está com um problema com a empresa, tente conversar com amigos, consultores, coaches", diz Melo.

* Férias de 30 dias é tudo de bom: Cuidado! Dependendo da empresa e da situação pela qual ela passa, você pode ter uma surpresa ao voltar para o trabalho. Outra pessoa poderá estar ocupando seu posto. "No mundo atual, 30 dias acabam sendo muito tempo, a não ser que tenha absoluta segurança no emprego. Mas dizer que não existe perigo nenhum quando alguém tira férias de 30 dias é relativo".

* É ruim errar: Algumas empresas cultivam essa cultura do medo; quando alguém erra, é rapidamente julgado e, muitas vezes, punido. Mas a verdade é que a questão não é o erro em si, mas a relação que se cria com o erro. O velho ditado "todo mundo erra" é verdadeiro. No fim das contas, garante Melo, errar acaba sendo bom, pois o profissional tem a oportunidade de aprender com uma situação difícil. "Ninguém deve buscar o erro. Mas o fato é que Napoleão Bonaparte perdeu a guerra porque nunca havia perdido uma batalha", finaliza Ricardo Melo.

A Elegância no Comportamento

Existe uma coisa difícil de ser ensinada e que, talvez por isso, esteja cada vez mais rara: a elegância do comportamento.
É um dom que vai muito além do uso correto dos talheres e que abrange bem mais do que dizer um simples obrigado.
É a elegância que nos acompanha da primeira hora da manhã até a hora de dormir e que se manifesta nas situações mais prosaicas, quando não há festa alguma nem fotógrafos por perto.
É uma elegância desobrigada.
É possível detecta-la nas pessoas que elogiam mais do que criticam, nas que escutam mais do que falam. E quando falam, passam longe da fofoca, das pequenas maldades ampliadas no boca a boca.
É possível detecta-la nas pessoas que não usam um tom superior de voz ao se dirigir a frentistas, nas pessoas que evitam assuntos constrangedores porque não sentem prazer em humilhar os outros.
É possível detecta-la em pessoas pontuais.
Elegante é quem demonstra interesse por assuntos que desconhece, é quem presenteia fora das datas festivas, e, ao receber uma ligação, não recomenda à secretária que pergunte antes quem está falando e só depois manda dizer se está ou não está.
Oferecer flores é sempre elegante.
É elegante você fazer algo por alguém e este alguém jamais saber disso...
É elegante não mudar seu estilo apenas para se adaptar ao outro.
É muito elegante não falar de dinheiro em bate-papos informais.
É elegante o silêncio, diante de uma rejeição.
Sobrenome, jóias e nariz empinado não substituem a elegância do gesto.
Não há livro que ensine alguém a ter uma visão generosa do mundo.
É elegante a gentileza...
Atitudes gentis, falam mais que mil imagens.
Abrir a porta para alguém... é muito elegante.
Dar o lugar para alguém sentar... é muito elegante.
Sorrir sempre é muito elegante e faz um bem danado para a alma...
Olhar nos olhos ao conversar é essencialmente elegante.
Pode-se tentar capturar esta delicadeza pela observação,
Mas tentar imita-la é improdutiva.
A saída é desenvolver a arte de conviver, que independe de status social: é só pedir licencinha para o nosso lado brucutu, que acha que “com amigo não tem que ter estas frescuras”.
Educação enferruja por falta de uso.
E, detalhe: não é frescura.

Martha Medeiros

O Primeiro Emprego

Como conseguir o primeiro emprego? O Jornal Hoje mostra os caminhos para os jovens que querem entrar no mercado de trabalho.

A jovem estudante Tisme Varjão está participando de uma dinâmica de grupo para a seleção de estagiários. “Eu tento mostrar o que eu aprendi, tentando aplicar no mercado de trabalho”, explica.
A necessidade de experiência profissional preocupa os jovens desde a faculdade. Laíse Reimão terminou o curso de Nutrição no ano passado e, desde então, vive a angústia de não conseguir um emprego. “Nem sempre a gente consegue uma experiência durante a faculdade”, justifica.
Para conseguir o primeiro emprego, o principal conselho dos especialistas da área de Recursos Humanos é fazer estágio. É essa experiência que liga o mundo da sala de aula ao mundo das empresas. Quanto mais cedo esta porta for aberta, mais chance o profissional vai ter de ver a sua carteira de trabalho assinada.
O consultor de RH Vitoriano Garrido complementa: “Quanto mais contatos o jovem tiver, mais pessoas ele conhecer, é melhor. Hoje, a maioria das opções de trabalho aparecem por indicação”.
Como conseguir um estágio? Há várias maneiras. Nas faculdades, os murais costumam trazer informativos com vagas disponíveis. E nas rodas de conversa, quem diz que está procurando estágio pode conseguir mais facilmente do que quem esconde o jogo.
A estudante Milmara Nogueira sabe disso e faz questão de fazer contato com profissionais formados. “Eu pergunto a ele: ‘tem algum estágio lá? Quando abrir uma oportunidade, vocês podem me chamar?’. Eu dou meu celular e peço que sempre se lembrem de mim”.
A Internet também é uma ferramenta importante para a pesquisa de oportunidades. Há centenas de páginas com ofertas de vagas de estágio. O Ciee, Centro de Integração Empresa-Escola - atende 150 mil estudantes por mês e é o que oferece o maior número de vagas: hoje, há 7.675 disponíveis.
Os estudantes mais procurados são os que cursam Administração, Informática, Secretariado, Engenharia Civil e Direito. Os candidatos podem se cadastrar pela Internet ou nas unidades do Ciee em todos os estados brasileiros.
A estudante de Ciências Contábeis Lisiane Ribeiro se cadastrou, participou de um longo processo de seleção e conseguiu um estágio numa grande empresa. Além de um bom currículo escolar, sabe bem o que fez a diferença para ficar com a vaga: “Sempre fui muito comunicativa, sempre passei isso para as pessoas”. E ela dá uma dica: “Não adianta você querer inventar mil coisas, uma personalidade que você não tem”.
E não custa lembrar: segundo os especialistas, um estágio bem feito é meio caminho andado para o profissional ser efetivado. “57% dos jovens que fizeram ou fazem o estágio são aproveitados na empresa onde terminaram a experiência do estágio”, afirma o gerente regional do Ciee, Alessandro Salvatore.


Fonte: http://jornalhoje.globo.com/JHoje/0,19125,VJS0-3076-20080428-320946,00.html

O Desafio das Supersecretárias

Eventos de turismo, gastronomia e cultura ajudam a formar a mão direita de alguns dos principais executivos do País.

Por Ana Paula Kuntz


Nos tempos de Alexandre Magno, um secretário ocupava-se de passar a noite entalhando informações em tábuas de cera. Função de prestígio, mas também de perigo, já que sua tarefa durante o dia era empunhar a espada e acompanhar o patrão nas sangrentas batalhas. A história registra que o imperador grego perdeu mais de 40 secretários, todos do sexo masculino, em sua campanha na Ásia. Decorridos 2.300 anos, muita coisa mudou. Ocupado majoritariamente por mulheres, o cargo demanda a realização de tarefas que vão além da redação da ata do dia, como organização de eventos, programação de viagens e a clássica gestão financeira. Isso quando não extrapolam o campo de trabalho, incluindo a agenda pessoal do chefe, desde a confirmação de uma sessão de massagem até a compra do presente de casamento de um amigo. Não é exagero afirmar que elas, hoje, mantêm a essência do trabalho dos secretários de Alexandre: a plena confiança.
É um grupo que faz crescer um novo ramo de negócios: o de empresas dedicadas a conquistar as secretárias (são 1,8 milhão em todo o Brasil). A rede hoteleira The Leading Hotels criou um programa, o Stars Club, cuja idéia é apresentar àquelas que servem a grandes executivos o que há de melhor para ser oferecido aos patrões. Entre os eventos realizados estão degustação de champanhe com apresentação da história de Veuve Clicquot, degustação de chocolates oferecidos pela Chocolat du Jour, cursos de maquiagem com produtos Dior e palestra a respeito da história do cristal promovida pela Baccarat. “Os parceiros são marcas de luxo, que se identificam com nossos clientes”, diz João Annibale, coordenador do Stars Club, que já tem três mil participantes. “O objetivo é levar produtos e serviços ao conhecimento dessas pessoas, seja homem, seja mulher, que são o braço direito de seus chefes.”
O evento mais recente possibilitou a visitação de jatos executivos. Na mesma ocasião duas locadoras de carros apresentaram alternativas de aluguel de automóveis blindados, com motorista bilíngüe, dentro e fora do País. “Foi interessante conhecer o nível de serviços que nossos chefes usam”, diz Liliane Kelsey, secretária do presidente da petroquímica Braskem, José Carlos Grubisich. Além do mais, o programa dá pontos para quem faz reservas em hotéis Leading. Aquelas com maior pontuação ganham mimos, como viagens para o Exterior. Para Liliane, as chances são boas, já que Grubisich viaja, em média, uma vez por mês dentro do Estado de São Paulo e quatro vezes por ano para o Exterior. “Fora conhecer nossos hotéis, elas têm contato com as melhores opções culturais e centros de compras, para que possam recomendá-los”, afirma Annibale. Para Heloísa Granzotto, secretária do presidente do banco Itaú, Roberto Setubal, opção é, a propósito, a palavra-chave. “Não decido nada sozinha, a escolha final é dele”, diz. “Ofereço algumas possibilidades, mas todas precisam corresponder a suas expectativas.” Pode soar simples, por evidente, mas a relação entre secretárias e chefes tornou-se crucial. “Afinal, elas são o coração das empresas”, diz Eduardo Farah, co-autor do livro Tudo que uma secretária pode ser e sócio-diretor da Chama Azul Business Care, que freqüentemente promove cursos para secretárias, inclusive dentro das empresas. Alexandre Magno ficaria orgulhoso.


Colaboração da Sec Talentos Humanos
Revista Isto É Dinheiro - Set/2006